A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADF) está a desenvolver um estudo, denominado por ADF/Rede Solidária, que tem por principal objectivo conhecer a realidade das necessidades dos ex-combatentes, de modo a poder accionar mecanismos para poder prestar ajuda, nos casos mais preeminentes.
Segundo o presidente da delegação regional da ADF, João Carmona, trata-se de um projecto que já está em marcha e que pretende “conhecer a realidade da vida, nomeadamente, das necessidades que os ex-combatentes associados passam”.
O objectivo deste projecto passa por “depois de conhecidas essas necessidades”, continua, “poder ajudar, através de parcerias quer com a Segurança Social, quer com outras instituições que prestem apoio social”, isto numa segunda fase do projecto.
Para já, está a ser desenvolvida a primeira fase do projecto, que passa por contactar os associados e saber quais as suas maiores dificuldades. “Estamos a concluir a fase de inquérito aos sócios e temos já um apanhado real das suas dificuldades”.
Segundo avançou ainda João Carmona, o stress pós guerra é o problema que mais afecta os sócios inquiridos.
O isolamento, já que a grande maioria reside em pequenas aldeias, e a consequente falta de apoio social, foram outras das características descobertas através deste projecto social.
“Mais de 50 por cento dos inquiridos dizem ter necessidade de apoio psicológico”, advertiu ainda João Carmona.
Mais de 80 por cento dos inquéritos está efectuado. De recordar que a delegação regional da ADF abrange não só o distrito de Castelo Branco, mas também a zona do Concelho do Sabugal, Portalegre, Abrantes e Pampilhosa da Serra.